Como a literatura mudou
do Renascimento até hoje
Os grandes nomes da literatura dos últimos 500 anos nem
sempre souberam, mas estavam dentro de correntes literárias influenciadas pelo
que acontecia pelo mundo. E suas obras muitas vezes foram marcos pelos quais
até hoje a história do Ocidente é contada.
Século 16: Classicismo
Inspirada na arte greco-latina, a literatura do Renascimento
exalta o humanismo e a razão. Predominam poemas épicos, como Os Lusíadas,
escrito pelo português Camões em 1572, e peças de teatro como Auto da Barca do
Inferno, de Gil Vicente.
Século 17: Barroco
Entre a razão renascentista e a religiosidade da
Contra-Reforma, os autores se lançam a exageros, conflitos e desequilíbrios. Os
grandes exemplos são o Padre Vieira (Os Sermões), o inglês William Shakespeare
(Macbeth) e o espanhol Miguel de Cervantes, que entre 1605 e 1615 escreveu O
Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha.
Século 18:
Neoclassicismo
Depois que o Iluminismo dá um fim ao sentimentalismo barroco,
a arte clássica volta a influenciar as letras. É o grande momento de dois
dramaturgos, filósofos e poetas alemães: Friedrich Schiller e Wolfgang Goethe,
o autor de Fausto, de 1808.
Século 18: Romantismo
Cantos e Inocência (1789), do poeta inglês William Blake,
abre o período de sofrimento amoroso e heroísmo. Destacam-se o francês
Alexandre Dumas, de Os Três Mosqueteiros, o inglês Lord Byron e, no Brasil,
Gonçalves Dias e José de Alencar, autor de O Guarani.
Século 19: Simbolismo
Com As Flores do Mal, o francês Baudelaire inicia a escola
literária
que mistura o romantismo com tons místicos e fantásticos,
presentes também em poetas como Verlaine e Rimbaud. Os poetas simbolistas eram
chamados de "nefelibatas" (que vivem nas nuvens).
Século 19:
Parnasianismo
Contra o envolvimento político do século 19, poetas franceses
como Catulle Mendes e Alphonse Lemerre publicam a revista Parnase Contemporain
(1866), pregando a poesia pela poesia e a busca por rimas e formas perfeitas.
No Brasil, o grande nome parnasiano é Olavo Bilac, conhecido por suas poesias
eróticas e pela letra do Hino à Bandeira.
Século 19: Realismo
Ao contrário da maioria dos poetas, os autores de prosa do
século 19 escrevem romances sociais e psicológicos, como Crime e Castigo, do
russo Fedor Dostoiévski, e As Ilusões Perdidas, de Honoré de Balzac. Em 1882,
Machadode Assis publica Memórias Póstumas de Brás Cubas, um dos principais
clássicos brasileiros.
Século 19: Naturalismo
Outra corrente da prosa do século 19 tenta descrever a
realidade objetivamente e mostrar a influência do ambiente no homem. O grande
autor do período é o francês Émile Zola, autor de Germinal (1885). No Brasil,
Aluízio de Azevedo escreve O Cortiço.
Século 20:
Pré-Modernismo
Autores brasileiros como Lima Barreto, de Triste Fim de
Policarpo
Quaresma, e Graça Aranha, de Canaã, usam a literatura para
traçar uma nova interpretação do Brasil e discutir seu futuro. Outra grande
obra criada nessa época é Os Sertões, em que o jornalista e escritor Euclides
da Cunha descreve o homem sertanejo e a Guerra de Canudos.
Século 20: Modernismo
Negando a restrita arte parnasiana, uma poesia livre das
formas convencionais nasce sob influência do francês Stéphane Mallarmé
(1842-1898). Na prosa, os temas tratam da cultura popular e nacional, como
Macunaíma (1928), de Mário de Andrade.
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